Momento de Poesia
As ruas da minha Aldeia
Pelas ruas da minha aldeia
Anda a minha alma cheia
Com enorme saudade;
Por elas tantos dias eu passei
Que nunca as esquecerei
Ali vivi a minha mocidade.
Pela Rua da Cooperativa
É bom que se lhe diga
Parte e regressa toda gente;
Foi um dia que por ali
Para procurar eu parti
Outra vida diferente.
Rua Heróis do Ultramar
Que partiram para lutar
Por terras de ninguém;
Não vivendo a sua mocidade
E deixando cheio de saudade
O coração de sua mãe.
Rua dos Ferreiros e da Capela
Qualquer uma mais singela
Que a outra pois então;
Estrada do Boco, Estrada Velha
Também se aconselha
Rua da Campina e Rio Dão.
Quelha do Cícero e Quintã
Onde em qualquer manhã
As pessoas vão passando;
Rua da Lapa e Corga do Pereiro
Rua da Escola e do Cruzeiro
Todas elas vou amando.
Rua da Fonte e da Igreja
Onde a alegria sempre sobeja
Pela Rua Senhora da Graça;
Pois é em dias de procissão
Com muito amor e devoção
Que por esta rua ela passa.
Rua da Vinhó e do Altinho
São elas um bom caminho
Para outras encontrar;
Travessas da Quintã ou da Igreja
É bom que qualquer um veja
Da Senhora o seu Altar.
Rua Dr. Lúcio de Almeida e Silvã
Onde em qualquer manhã
O sol vê outras luzes;
Rua das Carvalhas e da Serra
Também o seu brilho descerra
A luz na rua das Cruzes.
Rua das Olas, Beco do Figueiredo
Rua dos Fornos e Carvalhedo
Rua Dr. António de Almeida e Escola;
Rua António de Almeida (Capitão)
E Bairro Novo pois então
Rua dos Parques e
Rua Major Elias Cabral
Também desta aldeia natural
Como outros, bom cidadão;
Todos merecem nosso louvor
Que com seu grande amor
Dignificaram esta povoação.
Rua Professor Almeida Frias
Onde com ele todos os dias
Na sua escola aprendi
A ler, escrever e contar
Passei dias de encantar
Nas horas que ali vivi.
E demonstrando o meu carinho
Não esqueço a Rua do Ribeirinho
Por onde eu tantas vezes passei;
Hoje tenho na lembrança
De quando era ainda criança
Foi nesta aldeia que me criei.
Hoje com orgulho e vaidade
Mesmo longe na cidade
Lembro minha terra natal;
Sezures,digo esse lugar
Não há melhor para amar
Do que esta aldeia de Portugal.
Autor: João (Alegria) Rodrigues